quarta-feira, 20 de julho de 2011

É POSSÍVEL AO ESTADO COMBATER A FOME

É POSSÍVEL AO ESTADO COMBATER A FOME.
AUTOR: MAURO JUSTA
FORTALEZA, 02 de abril de 2011.

Entre os diversos problemas enfrentados pelo Estado, vejo a fome como um dos mais graves, isso por que as pessoas com fome passam a perder a noção total de valores e de possibilidades de uma reação humanitária.
Na nossa sociedade, quem pode manter uma linha normal de alimentação, jamais poderá perceber que nessa mesma sociedade, existem pessoas que passam fome, até mesmo por que estarão divididos em dois mundos diferentes, ou seja, os capazes de se alimentarem e os que não disponham de alimentos, os que passarão fome ou que estarão subalimentados.
O indivíduo que passa fome apresentará logo um estado físico debilitado, um organismo fraco sem condições de ter uma vida normal, pra ele tudo será mais difícil, pois não terá forças para se sentir estimulado nem mesmo para buscar melhoras para si, seu lado emocional estará desestabilizado, suas ações de raciocínio estarão lentas e muitas vezes até se sentirá incapaz de tomar qualquer atitude racional que modifique seu estado.
Se analisarmos as causas por que as pessoas passam fome em nossa sociedade, perceberemos que o motivo maior é o desperdício de alimentos, isso principalmente ocorre do lado da sociedade com maior poder aquisitivo, pois não existe a preocupação em se evitar todo o desperdício que ocorre costumeiramente, inclusive isso já é visto até mesmo em setores da sociedade que já apresentam um declínio econômico que pode ser visto onde a pobreza os coloca em estado de constante permanência.
Até mesmo em grupos que apresentam o mínimo de satisfação alimentar, não existe o hábito de comungar maneiras de se evitar o desperdício.
Ao Estado caberá descobrir fórmulas de se trabalhar programas de combate a fome, dentro de uma sistemática política que satisfaça os anseios da população.
A titulo de sugestão acho que o governo deveria promover um programa contra o desperdício alimentar, direcionando funcionários que fiscalizassem todos os órgãos e empresas produtores e fornecedores de alimentos em geral, desde o local da produção até a chegada do produto nos centros urbanos para serem comercializados.
Deveriam ser criados incentivos fiscais para as empresas que mais evitasse desperdícios e que fosse veiculada nos meios de comunicação propagandas que incentivassem a todos da população a evitar o desperdício alimentar, como forma de criar esse hábito em todas as camadas da sociedade.
Poderia sugerir até mesmo que o governo concentrasse equipes em três locais distintos, onde já testemunhei por várias vezes cenas explícitas de desperdício, sem o mínimo cuidado para que se fosse evitado, por parte daqueles que ali trabalham. Os locais onde deveriam ficar essas equipes, para recolher produtos desperdiçados para serem higienizados e depois distribuídos por uma secretaria de governo para a população carente, seriam:
--- A Ceasa – local de grande desperdício de alimentos, principalmente frutas e legumes, isso diariamente.
---Mercados de bairros, onde geralmente ocorrem feiras livres.
---Rua Governador Sampaio, centro de Fortaleza, concentra os diversos armazéns de distribuição de cereais para Fortaleza e Região Metropolitana; ali são quilos e mais quilos de cereais (arroz, feijão) e farinha, desperdiçados diariamente, pois os caminhões ao serem descarregados (trabalho braçal) apresentam vazamentos em diversos sacos desses produtos.
Mas ao mesmo tempo, que faço essas sugestões, sinto que não existe essa vontade política por parte do Estado, existe sim certa acomodação, principalmente pelo fato de muitas ONGS fazerem serviços que deveriam ser do Estado e isso facilita desvios de condutas de políticos que poderiam ter uma atuação melhor voltada para as causas sociais.
O governante quando assume sua gestão, entre os diversos problemas que ele deverá enfrentar em sua administração é o controle das carências sociais e com certeza a fome da população é um dos problemas mais latente que ele terá que enfrentar em sua gestão.

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